
Nos anos 1950, nos Estados Unidos, a chamada “revolução do mimeógrafo” foi responsável pelo surgimento de revistas de literatura independente, as little magazines. O acesso aos meios de produção foi a semente do espírito faça-você-mesmo, que se tornou mais comum no final dos anos 1960, com a chegada ao mercado das fotocopiadoras. Além de baratear os custos de impressão, a fotocopiadora e depois os computadores pessoais tornaram a publicação de livros algo mais acessível porque não dependiam do conhecimento especializado dos diversos profissionais comumente envolvidos com o processo editorial – redator, diretor de arte, fotógrafo, ilustrador, diagramador, tipógrafo e impressor.
Nos anos 1960 e 1970 surgiram pequenos livros feitos por artistas e que não se pareciam com os
livros de literatura, tampouco com os catálogos e monografias sobre arte, sendo conhecidos depois
como “livros de artista”. A maioria desses livros tinha como característica a autopublicação.
Muitos artistas-editores publicam apenas os próprios livros, enquanto outros também publicam livros de seus amigos ou emprestam seus conhecimentos técnicos para auxiliar outros artistas a transformar uma ideia em livro. Embora existam alguns estudos a respeito dos livros de artista, na maioria das vezes a análise é feita sobre um ou dois livros de um mesmo autor. Os estudos sobre artistas-editores (ou poetas-editores) e a publicação como uma prática artística constitui um campo relativamente novo.
A chamada para este dossiê da revista Vinco sobre artistas-editores abrange as editoras que surgiram na década de 1960 e as mais recentes, que surgiram junto com as feiras de publicações; os artistas brasileiros ou estrangeiros que publicam ou publicaram revistas ou livros de artista. Serão aceitos artigos, ensaios, entrevistas com editores e resenhas de livros de artista publicados nos últimos cinco anos.
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