Das coisas que fazem o cotidiano
Assim como no volume 1 da Coleção das coisas, continuo seguindo a recomendação de Georges Perec, continuo a fazer listas. Catalogar e inventariar as coisas que constituem nosso dia a dia, nossa banalidade, os momentos ordinários… Olhar para o Cotidiano, apaixonar-se por ele. Enaltecer as coisas que o constituem. Coisas que constituem meu cotidiano, mas também o seu cotidiano, o do outro, o de todos, da Cidade. O cotidiano que nos constitui. O cotidiano que construímos, vivemos e, mesmo assim, insistimos em negar, ignorar, não desejar.
É no cotidiano que encontramos possibilidades reais de alteridade, onde a socialização e encontro com o Outro acontece, ou deveria acontecer, agenciados pelo conflito e estranhamento e não pelo apaziguamento e cordialidade. O cotidiano é potente, ele é e não é. Ele existe, resiste. Resiste ao aparelhamento histórico, ao metodológico, ao controle tecnocrático. Resistindo a qualquer formulação especulativa, o cotidiano escapa de toda coerência, toda regularidade. O cotidiano existe na sua própria espontaneidade. Constituímos o cotidiano vivendo-o.
Vida cotidiana!
Aqui uma lista, um elogio, a cada uma das coisas que fazem o cotidiano.
O que mais?
Frete: Retirar no local / a combinar
Tag(s): caminhar, cidade, colecao, cotidiano, fotografia, fotolivro
Língua/idioma: Português do Brasil