no dia que matei meu pai fazia sol

autore
páginas
40
ano
2021
editora
a margem press
categoria
Livro
dimensões
2 x 14 x 19 cm

no dia que matei meu pai fazia sol
de vitória maria matos

no dia que matei meu pai fazia sol e foi um dia muito bonito que não me doeu como a sua tão presente ausência. foi o único dia que o vi com alegria. o homem dele ainda desfila por aí feito um pavão, só que sem a beleza de tirar a atenção do meu olhar.
~
povoado de vila aparecida, bahia.
01 dia de janeiro 2021

um livro de poesia sobre um despertar para si e para o mundo, para o interior __ da bahia
texto de vitória maria matos
revisão: thá verçosa
projeto gráfico e design: igor queiroz
edição e coord. editorial: léo
produção gráfica: júpiter91
impressão risograph: riso ativa
composição tipográfica: igor, léo e vitória
acabamentos gráficos: ateliê de ofícios

“eu sempre corri bem. e rápido. assim como nas brincadeiras da rua de minha infância: sete caco, garrafão, barra bandeira, bater lata, baleado…mas sempre fui lenta para digerir o que me corta. foi com paciência que aprendi a preparar as melhores palavras, nem sempre bonitas ou doces, mas as melhores para falar a mim mesma. quando eu ouvi da minha boca a frase “não tenho”, eu queria me achar. então corri bem e rápido. com muita alegria. sempre engoli muitas palavras e o ruído que ouvia delas era tão fundo que eu passei a gostar de comê-las. movo com meu corpo as peças arruinadas que a palavra pai me colocou nas mãos. levantei uma a uma e fui guia da minha nova rota. eu aprendi a cuspir as palavras. a minha criança é uma menina de ouro e a palavra pai, para mim, é uma rasura bonita.” @mariavitoriamariaar

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