odes a maximin

autore
páginas
116
ano
2018
editora
garupa
categoria
Livro
dimensões
21 x 14 x 2 cm

Odes a Maximin nasceu, como de praxe em seu trabalho, de uma obsessão varonil. Era o verão berlinense de 2011 quando o poeta chegou à casa de amigos gays que conversavam alto e animadamente sobre um rapaz que aparecera em uma festa dias atrás. Aos dezenove anos e com cachos pendentes sobre a cara, o rapaz deixara os rapazes em polvorosa. “Exibia-se!”, diziam. Uma mera semana depois, o poeta o conheceria por acaso em outra festa. Corte na ilha de edição da memória para este verão brasileiro de 2018, sete anos mais tarde, após um caso tórrido, muitas noites em claro nos inferninhos berlinenses, muitas conversas e brigas, e eis que chega às mãos do leitor este Odes a Maximin – que não é o nome do rapaz, pois o poeta o esconde aquele que antes se escondia sob cachos embaixo deste codinome, como as sujeiras debaixo de um tapete, assim como Adélia Prado escondeu o seu Jonathan e Cazuza escondeu seu Beija-Flor. Se na obra anterior do poeta e contista, ohomoerotismo erguia sua cabeça e outras extremidades em vários poemas,este Odes a Maximin é certamente sua mais desbragada e honestadeclaração de paixão homoerótica. Chega em momento político oportuno na República Federativa do Brasil, ainda que alguns o chamem de inoportuno. Influenciado pela poesia homoerótica grega e latina, o livro tem como pano de fundo histórico o culto a Antíno o e também oculto a Maximin no chamado Círculo de George, do poeta alemão Stefan George. Pois existiu deveras um Maximin histórico, o jovem poeta berlinense Maximilian Kronberger (1888-1908), que seria praticamente divinizado em poemas por Stefan George após sua morte precoce. O livro une-se a tantos outros relatos em prosa ou verso dedicados por autores a paixões, como os poemas de Frank O’Hara para o dançarino Vincent Warren na década de 1950, ou, já que falamos em um Vincent, também o diário da relação conturbada do francês Hervé Guibert com um rapaz parisiense em Fou de Vincent (1989). A tonalidade por vezes clássica do livro está também no seu projeto gráfico, que segue tendências da tipografia tradicional, como a capa dura e a tipografia serifada. O que contrasta com as ilustrações do artista alemão David Schiesser, de traços rudes, intercalando os poemas.

Frete:

PAC/SEDEX/Impresso normal

Língua/idioma: Português do Brasil

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