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O Pasquim

Publicado pela Praça em 03.08.2021

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A Fundação Biblioteca Nacional disponibiliza todas as 1.072 edições digitalizadas do Pasquim, com possibilidade de busca por palavras no conteúdo digitalizado.

O trabalho de digitalização contou com o apoio da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e do cartunista Ziraldo que cederam exemplares para completar a coleção da Biblioteca Nacional.

Além das edições digitalizadas, o site conta com uma seção de “memórias” onde estão disponibilizados textos produzidos por colaboradores do Pasquim e índices de colaboradores e seções do jornal, trazendo uma nova experiência para o público. Foram identificados mais de quatro mil colaboradores e mais de duzentas seções ao longo dos vinte e dois anos em que o Pasquim circulou.

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Jornal semanal fundado no Rio de Janeiro, sua primeira edição data do dia 26 de junho de 1969. Fez parte da chamada imprensa alternativa, ou seja, uma imprensa de natureza basicamente política que visava à manifestação de setores sem acesso à imprensa convencional.

O grupo que criaria O Pasquim inicialmente pensou em utilizar uma revista já existente chamada Carapuça, lançada em agosto de 1968 pelo jornalista Sérgio Porto. Com sua morte realizaram-se algumas reuniões para decidir a continuidade da revista ou a criação de um jornal, proposta defendida por Jaguar. Participaram desses encontros os fundadores do novo jornal, O Pasquim: Jaguar, Tarso de Castro, Sérgio Cabral, Carlos Prosperi, Claudius, Carlos Magaldi e Murilo Reis. Do seu lançamento até outubro de 1970, o jornal foi dirigido por Tarso de Castro. Segundo o jornalista Bernardo Kucinsky, O Pasquim foi uma sociedade por cotas instável que mudava a composição acionária a cada crise.

O Pasquim inspirou-se em publicações da chamada contracultura norte-americana (principalmente no jornal Village Voice, de 1955) e divulgou o pensamento existencialista sobretudo através da coluna “Udigrudi” de Luís Carlos Maciel. Misturava política, comportamento e crítica social. Tinha como alvos principais a ditadura militar, o moralismo da classe média e a grande imprensa. Desde o princípio contou com a colaboração e adesão de humoristas, jornalistas e intelectuais, como Millôr Fernandes, Ziraldo, Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Carlos Maciel, entre outros.Caracterizou-se pela utilização do humor como forma de contestação e pelo uso de uma linguagem coloquial que agradou ao grande público, chegando, já em 1969, à tiragem de duzentos mil exemplares. Outra importante característica do jornal eram as entrevistas, com as quais inovou o jornalismo brasileiro ao transcrevê-las como uma longa conversa, sem copidesque. As entrevistas abriam espaços para personalidades contrárias ao regime militar como, por exemplo, d. Hélder Câmara a quem foi dedicada a capa da edição nº 40, de abril de 1970.

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